Tudo sobre Resident Evil

Com um jogo sendo produzido para cada sistema, a franquia zumbificada da Capcom está mais viva do que nunca.
por Crispin Boyer 

Tudo chega ao fim um dia.

Zumbis irão desaparecer sob o sol. Lickers irão se mudar para algum lugar quente e se aposentar. Cães canibais irão se ajeitar em frente da TV e morrer, ou desmorrer – o que quer que eles façam quando eles vão descansar. Shinji Mikami, o produtor da Capcom responsável pela enormemente popular série Resident Evil, disse que a franquia terá um final. “Ela terá que acabar,” ele nos disse, “mas nós ainda não decidimos como deve ser a grande história final.”

É seguro apostar que você não colocará as suas garras nessa “grande  história final” até muito tempo depois dos zumbis do primeiro jogo se decomporem e virarem pó. Mikami e a companhia tem vários Resident Evil em produção, mais do que nunca. E por que eles não teriam? Com mais de 9 milhões de jogos vendidos no mundo inteiro, a série RE ultrapassou Street Fighter como a principal franquia da Capcom. Nunca se acreditaria que haveria uma guinada na sorte da Capcom durante os instáveis dias do final da era dos 16-bits. “Resident Evil surgiu na época em que ele era provavelmente necessário tanto para a Capcom quanto para o mercado,” disse Bill Gardner, presidente da Capcom Entertainment.
Continuar lendo Tudo sobre Resident Evil

Nós Estamos no Meio do Incidente de Raccoon City

Nessa data em 1998, o (felizmente fictício) T-vírus estava se espalhando por Raccoon City, transformando humanos em zumbis sem mente e liberando terrores nunca antes vistos nos poucos sobreviventes que restaram. De 22 de Setembro a 1º de Outubro, a infeção se espalhou e chegou ao ponto do exército dos EUA intervir e “esterilizar” a área inteira. E por “esterilizar” eu quero dizer “reduzí-la a pó com um míssil”.

Essa semana intensa não só proporcionou conteúdo para Resident Evil 2, mas também para RE3, ambos os títulos da série Outbreak, e as reimaginações Umbrella e Darkside Chronicles, além de ser o gancho para Operation Raccoon City. Não é difícil dizer que esse é o evento que define a série, então vamos parar um pouco e dar uma olhada nessa horrível linha do tempo, ok?

Ela não é de forma alguma completa – há tanto enredo que se desenrola nessa semana que precisaríamos de páginas e mais páginas para encaixar tudo. Mas para refrescar a memória de todos durante a atual semana sobre o que “aconteceu”, aqui está a versão resumida:
Continuar lendo Nós Estamos no Meio do Incidente de Raccoon City

Soldados Americanos vs. Tyrants

Em Resident Evil 3: Nemesis, na parte final do jogo, Jill chega à uma Fábrica “abandonada” pertencente à Umbrella. Nessa Fábrica, no local onde se encontra o arquivo Classified Photo File, e no local seguinte, onde está posicionada a Espada de Paracelsus¹, há vários corpos de soldados americanos (11, no total) e 5 corpos de Tyrants, sendo que um está em sua forma de Super Tyrant. Esse local foi palco de uma sangrenta batalha entre humanos e monstros, cujo resultado final foi a morte de todos os participantes, de ambos os lados.
Segundo o file Classified Photo File, abaixo…

Eu ainda acho que é cedo demais para usar essa “Espada de Paracelsus” no combate atual, mas isso não ajuda no caso dela ser necessária como último recurso na missão para apreender o G-Vírus que a Umbrella desenvolveu.O poder do canhão de trilho é satisfatório, mas por favor, note que eu ainda estou tendo alguns problemas.Vá atingir com o martelo magnético aqueles que se rebelam contra nós, pela glória dos Estados Unidos da America.

Coronel de Tecnologia, Franklin Hart.

… a Espada de Paracelsus seria utilizada na missão de apreensão do G-Vírus.
Além disso, segundo o livro Resident Evil Archives, William Birkin mantinha contato com militares americanos, que estavam extremamente interessados em ter Birkin trabalhando para o Governo, como pode ser visto no trecho do livro citado abaixo:

Continuar lendo Soldados Americanos vs. Tyrants

Entrevista com a Equipe de Resident Evil 3: Nemesis (Site Oficial, 1999)

Aqui, nós entrevistaremos os membros da equipe de desenvolvimento por trás da versão de Resident Evil 3 para o Dreamcast.

Tatsuya Minami, Diretor do Capcom Studio 3.

Trabalhos proeminentes como Produtor: Gaia Master (PS), Resident Evil Survivor (PS).
Ele também esteve envolvido no port de muitos jogos, incluindo RE3.

Quando vocês tiveram a idéia de portar RE3 para o Dreamcast?
Minami: Nós tínhamos planos de portar a série Resident Evil para o Dreamcast quando o desenvolvimento de Code: Veronica começou.

Houve algum momento em que sua equipe teve um momento difícil ao portar o jogo?
Minami: Eu acho que o processo de port correu relativamente bem. Porém, a tonalidade (cor) é um pouco diferente entre as versões do Playstation e do Dreamcast e isso pode ter levado um pouco mais de tempo para ser ajustado, como fizemos.

Existem vários tipos de medos, incluindo aqueles mostrados na série como “claustrofobia” (em RE1), ou o medo de ser perseguido. Na sua opinião, qual é o tipo de medo mais aterrorizante?
Minami: Mesmo que os medos baseados em ações pareçam ser a tendência atual, eu pessoalmente prefiro o medo psicológico. Eu estou pensando em fundir o medo psicológico com o visual no futuro.

Quem é o seu personagem favorito em Resident Evil?
Minami: Eu não tenho nenhum gosto ou aversão específica, já que todos os personagens são únicos e importantes à seu modo.

E finalmente, qual é a sua mensagem para os jogadores?
Minami: Aqui na Capcom, nós estamos focando no desenvolvimento multi-plataforma e gostaríamos de oferecer o mesmo conteúdo para vários hardwares. Portanto, nós esperamos agradar aqueles que querem certos jogos em suas plataformas preferidas e gostaríamos de ouvir suas opiniões.

Muito obrigado.
Continuar lendo Entrevista com a Equipe de Resident Evil 3: Nemesis (Site Oficial, 1999)